15 de junho de 2009

o que há em mim é sobretudo cansaço

É, é mesmo. É horrível ter estado assim um dia tão lindo, com tanto sol e eu ter estado fechada em casa a estudar para os exames nacionais, com o nariz enfiado entre os livros.
Acreditem que o Álvaro de Campos não devia estar assim tão cansado como diz no poema, cansada estou eu e é de estudá-lo, a ele e aos irmãozinhos dele que Pessoa criou, raios partam o homem que não tinha mais nada que fazer senão inventar amigos imaginários, o que ele precisava era de sanidade mental. Sanidade que também eu estou a perder.

Vá, calma, é já amanhã que trocamos as letras pelos números – entre um e outro, venha o diabo e escolha, santo abrenúncio.

Eu espero sinceramente que não saia “Lusíadas” – a Susana não gosta – e que, POR AMOR DE DEUS não saia nada de Pessoa, muito menos “A Mensagem” – não ia fazer naaaaada bem à média da Susana, acreditem.
Vá, que saia “Felizmente há Luar”, vamos lá admitir que até é uma obra fácil. Ou então “Memorial do Convento”, eu estou cheiinha de vontades para oferecer à Blimunda, tantas vontades que a passarola voava e não mais descia. Acho que acabei de fazer uma anástrofe, “não mais descia”, já ando a inverter “a ordem normal das palavras, não obscurecendo o seu sentido” – devo ter engolido os recursos estilísticos.

Pronto, rezem para que amanhã o Pessoa esteja a inventar amigos novos ou que vá tomar um cafezinho com o D. Sebastião e que o Camões vá ao médico dos olhos, vá lá, é que a Susana precisa de uma boa nota e JÁ ESTÁ DOIDA com isto tudo -.-

Com os melhores cumprimentos, subscrevo-me atentamente.

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