11 de junho de 2009

* estrelas cadentes

- Dás-me a mão? (ele deu) Às vezes é bom ser inconsciente. Não temos noção do que vai acabar ou continuar e não dói tanto.

- Gosto de olhar para as nuvens. É como diz o poeta: “sente-se o frio de haver luar”.
- Como fazíamos no 10.º ano? (foi há tanto tempo)
(ele abraçou-a e ela chorou. Foram assim todo o caminho)

- No livro que comprei havia uma parte em que a mulher chorava e o homem disse que se a lágrima fosse de alegria se transformaria num diamante, mas se fosse de tristeza ia desfazer-se em cinzas. Ele agarrou a lágrima e transformou-se num diamante. Não sei se as minhas lágrimas seriam diamantes ou cinzas.
- Se calhar não seriam nem uma coisa nem outra. Talvez sejam estrelas cadentes.
- (talvez.)
- Adeus, Susana.

- O abraço desfez-se e a lágrima caiu.
Estrela cadente.

(...)

(ele procurou a mão dela e deram-nas)
-Estrela cadente….
-Nem sei bem porque é que disse isso….
-Sei eu…
(juntaram as outras duas mãos)

-Era bom ficar assim mais um bocado…
-Pode ser que pare mais à frente….
(no princípio ainda se esqueceu mas depois parou, as mãos desenlaçaram-se)
-Até…sexta.
-Adeus.

- Até sempre,
Estrela cadente.
(by: Gonçalo e Susana)

3 comentários:

  1. Que romântico...
    Estrela cadente :)

    :)


    Beijinho*

    ResponderEliminar
  2. Certamente, um momento envolto em puro romantismo.
    Gostei bastante da ideia de que uma lágrima de alegria se pode transformar num diamante...

    (Obrigada pela simpatia do teu comentário, gémea de nome.)

    ResponderEliminar